Não é de hoje que a inclusão social é vista como algo fundamental para a dignidade de qualquer pessoa deficiente. Na década de 1940, Inglaterra e Estados Unidos resolveram criar a versão paralímpica dos jogos para a reabilitação física e social de veteranos da Segunda Guerra mundial, mutilados em combate. De lá pra cá, o evento ganhou cada vez mais respeito e, hoje, é considerado o segundo maior evento do planeta, reunindo milhares de atletas, representando centenas de países.
Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 vão deixar um legado não só para o Rio de Janeiro, mas para todo o Brasil, em áreas como educação, cultura, sustentabilidade, acessibilidade e muitas outras.
Segundo Edilson Tubiba, chefe de missão do CPB – Comitê Paralímpico Brasileiro, as Paralimpíadas 2016 conseguiram enorme visibilidade na TV e nas arenas de disputa, o que será extremamente importante para promoção do esporte, da inclusão social e para captação de novos praticantes. Isso gera uma maior consciência nas pessoas, resultado em mais respeito e nivelando oportunidades.
Estrutura para atletas paraolímpicos
O Parque Olímpico da Barra é o principal centro das competições. O complexo tem 1,18 milhão de metros quadrados e recebeu as disputas de nove modalidades Paraolímpicas.
Além do Parque Olímpico, as delegações estrangeiras passam por um período chamado “aclimatação”, antes do início dos jogos. Foram 160 locais de treinamento em 18 estados do Brasil. Isso é legado esportivo que ficará para todo o país.
O principal Centro da Rede Nacional de Treinamento fica no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, em São Paulo. Construído sob os mais recentes parâmetros de acessibilidade, com rampas de acesso e elevadores, a estrutura conta com 86 alojamentos, capazes de receber entre 280 e 300 pessoas, e áreas para o treinamento de 15 modalidades paralímpicas. O Centro está dividido em 11 setores que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia. Recebeu investimento de R$ 305 milhões, sendo R$ 187 milhões em recursos federais. Do total do aporte do Ministério do Esporte, R$ 167 milhões foram investidos na construção e outros R$ 20 milhões em equipagem.
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, confessa estar orgulhoso do legado deixado pelas Paraolimpíadas. Admite que o Rio ainda precisa caminhar muito para ser considerada uma cidade totalmente acessível, mas que também muito já foi feito.
Estrutura para espectadores com necessidades especiais
As instalações olímpicas e paralímpicas Rio2016 foram preparadas para receber o público com deficiência com alto nível de acessibilidade. Augusto Fernandes, responsável pela área no comitê organizador, explica que em 2012 foi desenvolvido um caderno distribuído às empresas envolvidas na construção das instalações com a unificação das regras nacionais e internacionais de acessibilidade. O objetivo era criar um parâmetro único a ser seguido por todos, inclusive, por novos hotéis que foram construídos para o evento.
Você pode conhecer, no link a seguir, todos os detalhes sobre a acessibilidade disponibilizada nas instalações paralímpicas: http://www.cidadeolimpica.rio/noticia/conheca-acessibilidade-das-instalacoes-paralimpicas
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https://rhinoelevadores.com.br/acessibilidade-na-arquitetura/